Em Jati devotos festejam Senhora Sant’Ana, padroeira da cidade

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Após a entrada das imagens de São Sebastião e Nossa Senhora Aparecida, ao som da banda cabaçal, foi levado ao altar da Igreja Matriz de Jati o estandarte de Senhora Sant’Ana, seguida de sua imagem, carregada por crianças vestidas de anjos. Assim teve início a sétima noite de novena em honra a avó de Jesus, padroeira da cidade, na noite desta quinta- feira, dia 25 de julho.

Fervorosos, os devotos, que preencheram todos os bancos da Igreja, participaram do novenário e cantaram a ladainha, rezada antes da missa, presidida por dom Gilberto Pastana. Percebia-se no olhar de cada um a confiança na intercessão na “Mãe da Mãe de Deus”, como dizia o tema da festa.

“Este ano pudemos perceber cada vez mais este compromisso do povo de Deus de caminhar, estar presente, servir e procurar celebrar bem os festejos da excelsa padroeira desta comunidade, que tem uma devoção muito grande, uma tradição fervorosa a Senhora Sant’Ana”, disse o administrador paroquial, padre Francisco Amós Macêdo Pinto, justificando a  maior participação dos fiéis nas celebrações.

Falando em tradição, em Jati a festa da padroeira não encerra no dia dedicado a ela (26 de julho), mas no último domingo do mês. Por isso, até o dia 27, os devotos poderão participar dos atos devocionais, que acontecem pela manhã e à noite; e no encerramento, dia 28, da Missa Solene, às 17h, seguida da grande procissão que coroará os nove dias de celebrações.

Devoção a Senhora Sant’Ana

Durante a celebração eucarística, concelebrada pelo padre Amós e pelo monsenhor Nicodemos Benício Pinheiro, dom Gilberto refletiu sobre a liturgia do dia, que fazia memória ao martírio de São Tiago, e também sobre a devoção à padroeira de Jati, falando da relação de reciprocidade, amor e cuidado existente entre ela e sua filha, Maria.

“Senhora Santana deu amor a Maria, deu ensinamento, revelou os mandamentos do Antigo testamento. Maria cantava o Magnificat, que é o cântico de Ana. E quem a ensinou? Foi Sant’Ana. Então, ser mãe é carregar consigo os ensinamentos do Senhor, evangelizando através do testemunho”, enfatizou o bispo.

Ainda sobre a missão de ser mãe, relacionando ao tema da festa, dom Gilberto afirmou que este é também um modo de servir a Deus. “A mãe doa a vida a seus filhos pelo cuidado, presença, correção, acompanhamento, doação. Quantas mães não ficam acordadas até os filhos chegarem? Quantas mães não deixam de comer para dar a seus filhos? Portanto, ser mãe é, sobretudo, responder e exercer essa vocação”, disse.

Concluindo, dom Gilberto recordou aos fiéis que o título Mãe da Mãe de Deus se dá devido o dogma “Maria, Mãe de Deus”, declarado no Concílio de Éfeso, em 431.

 

Por: Jornalista Patrícia Silva- DRT 3815/CE

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