A noite deste domingo, dia 30 de setembro, foi a vez da Paróquia São Francisco das Chagas, de Baixio, receber o bispo dom Gilberto Pastana para celebrar o novenário em honra ao santo padroeiro. A celebração aconteceu no patamar da Igreja Matriz e contou com a participação de fiéis não só do município, mas também de cidades vizinhas e até de outras dioceses como a de Cajazeiras, por exemplo.
“A devoção a São Francisco aqui é muito fervorosa. Como estamos na divisa com a Paraíba e bem próximo do Rio Grande do Norte, sempre aparece pessoas de outras localidades, fora os do nosso município, para participar das celebrações. O pessoal tem uma fé muito grande em nosso padroeiro. Ele é um santo que arrasta multidões, a partir do seu exemplo de vida”, disse o pároco, padre Reginaldo Pedro Muniz.
A programação conta com várias formas de expressão de fé. Logo na abertura, dia 24 de setembro, aconteceu a carreata, mas durante os demais dias também houve cavalgada e moto romaria com a imagem do padroeiro. Diariamente os fiéis podem participar, logo pela manhã, do oficio e caminhada com a imagem de São Francisco pelos setores da Paróquia, onde é celebra a Santa Missa; à tarde, visitas as famílias com momentos de oração; e, a noite, a celebração do novenário que conta novena seguida do ofertório, comunhão e bênção do Santíssimo Sacramento.
Neste domingo em que dom Pastana esteve na comunidade a programação contou com uma celebração eucarística há mais, após a novena.
Exemplo de Francisco
O tema escolhido para a edição desta festa foi: “Imitando São Francisco, leigos e leigas na missão”. Bem propício para já preparar os fiéis para o mês da missão que já se inicia.
Para falar sobre isso o bispo fez algumas indagações à assembleia: “Pensemos: Eu quero ser bom? Quero imitar este São Francisco? Eu quero amar mais que ser amado? Perdoar mais que ser perdoado? Essa é uma decisão que só nós podemos tomar. São Francisco abandou a riqueza para viver a pobreza, sobretudo, a pobreza espiritual que é mais difícil por termos que renascer do evangelho”, disse.
E continuou: “Quem são os leigos e leigas? São vocês. É todo o povo de Deus. Leigo e leiga é todo batizado que, motivado pelo Espirito de Deus, vive a sua vida na Igreja e na sociedade. Nós devemos ser cristãos onde quer que estejamos. Leigos e leigas na missão. Pense um pouco: você é capaz de olhar para si mesmo e perceber quais foram as ações que você realizou impulsionadas pelo Espirito de Deus, que provocaram a felicidade no outro e quais foram as ações e os pensamentos que não condizem com o filho de Deus? Só quando a gente faz este confronto é que podemos melhorar nossa vida, imitar são Francisco”, completou.
O bispo também usou o modelo de São Francisco para refletir sobre a missão. “Missão é se identificar com aquilo que nós temos. O que somos em primeiro lugar? Filhos de Deus. Os nossos pais foram escolhidos, por Deus, para nos trazer ao mundo, mas eles não são donos da nossa vida. Só o Senhor é dono da nossa vida. Essa missão nasce no sacramento do batismo. Quando fomos batizados o ministro disse para nossos pais e padrinhos que, a partir daquele momento, passávamos a fazer parte do povo de Deus e todo povo de Deus é missionário. A missão não é uma atividade, mas faz parte da vida do cristão. Todo cristão é missionário”, enfatizou.
Ainda sobre a temática o bispo disse que ela é um propósito que a comunidade está fazendo e que, certamente, a graça de Deus os ajudará. “Que a reflexão desta novena nos ajude a ser missionários do Senhor, conduzidos pelo seu Espirito. Que essa missão nos ajude a pensarmos e realizarmos famílias que vivam a paz, que se amam, dialogam, procuram se entender. Comunidades que rezam, que se acolhem, se ajudam a viver santamente o evangelho”, falou.
Dom Pastana concluiu lembrando que a eucaristia é o alimento para que, como São Francisco, todos possam ter força de dar testemunho de Cristo ao mundo.
Por: Jornalista Patrícia Silva (MTE 3815/CE)